VI Congresso da Abrates – Parte 4

O que dizer sobre o último dia do congresso? Acho que guardaram o melhor para o final!!! rs
O último dia foi um dia muito “complicado”, “difícil”, pois havia várias palestras que estavam sendo oferecidas no mesmo horário e eu não consegui me dividir em 2 ou 3 pra dar conta de participar de todas… rs Estou pegando um pouquinho de informações de algumas palestras que gostaria de ter ido no blog da Caroline Alberone, que já disponibilizou 2 posts falando sobre o Congresso da Abrates.
Bom, vamos à primeira palestra do dia!
Palestra 1Gerente de projetos: de onde vem, para onde vai? – Mitsue Siqueira e Bruno Fontes
Os palestrantes mostraram como funciona um pouco do dia a dia de uma agência de tradução, e principalmente o que o gerente de projetos faz.
O gerente de projetos, também conhecido como PM (Project Manager), é o responsável pelo projeto e deve atender a: escopo, prazos, custos. Um PM deve identificar oportunidades de negócio, indicar potenciais riscos, definir alocação e disponibilidade de recursos, gerenciar prazos e custos, alinhas todos os envolvidos no projeto, acompanhar e dar suporte, solucionar problemas, garantir a satisfação do cliente, dar feedback.

Mitsue e Bruno também explicaram toda a rotina de um projeto e por quais departamos passa desde o momento do envio do orçamento para o cliente até a entrega. São tantos detalhes para que ao final o cliente possa ter um serviço de qualidade, que não foi possível deixar todos os passos em apenas um slide. Vejam as fotos abaixo.

Foi pontuado também que quando um tradutor ou um revisor atrasa a entrega do arquivo, todo o restante do projeto também atrasa, então, quando alguém pergunta se você consegue fazer um trabalho dentro do prazo X, informe com toda a sinceridade se será possível ou não realizar esse projeto. Caso seja possível, mas por algum motivo aconteceu um imprevisto e será preciso atrasar um pouco a entrega, informe com antecedência para que todos possam se reorganizar!
Palestra 2De generalista a especialista: o que há no meio do caminho? Uma perspectiva para o tradutor principiante – Lorena Leandro
A segunda palestra foi da Lorena Leandro, criadora do blog Ao principiante (também cheio de dicas para quem está iniciando a carreira).
Essa palestra foi cheia de dicas maravilhosas para quem está começando agora, e uma delas foi escolher uma área para se especializar, e que seja de preferência algo com o qual você já tenha algum tipo de afinidade ou experiência. Caso você escolha uma área que já possui muito tradutor especializado, mostre seu diferencial para conquistar o cliente e o seu espaço no mercado.
Se você conhece alguém que trabalhe em alguma área do seu interesse procure entrar em contato com essa pessoa e conversar com ela, pedir indicação de materiais para ler e estudar os termos técnicos e jargões utilizados.
Outra dica muito interessante é fazer cursos (online ou presencial) para aprender e para incrementar seu currículo.
Identifique as oportunidades no caminho! Às vezes estamos buscando uma coisa e outra começa a surgir. Por exemplo, estou querendo trabalhar com legendagem, mas estão surgindo várias oportunidades com tradução literária, então, vou investir e me especializar nesta área! E, em alguns casos, uma área de afinidade pode se tornar uma área de especialidade.
Para finalizar, Lorena também deu algumas dicas para que o tradutor principiante (e o experiente) se mantenha no caminho:
  • Para se especializar é preciso ser organizado.
  • Poupar tempo com organização é essencial.
  • Especialização é uma constante. É preciso se atualizar sempre para manter-se no caminho.
Palestra 3A primeira impressão é a que fica: como criar sua marca e destacar-se como profissional – Caroline Alberoni
Sem dúvida essa palestra foi incrível! Por incrível que pareça, dias antes de assistir e aprender todas as dicas de como criar nossa marca, estávamos o marido (meu assessor de marketing) e eu preparando a nossa marca, logo e tudo o que a Caroline ensinou na palestra. (Quando estiver tudo pronto, mostro para vocês como ficou!)
Para começar, Caroline falou sobre a criação da marca, e para isso o ideal é fazer um brainstorming:
  • O que eu faço? Quem sou?
  • Tem que ser algo fácil de falar e de lembrar
  • Pedir conselho para família e amigos também é válido
E claro, nossa marca tem que envolver não apenas algo físico, mas também nossos valores, características do negócio e a percepção do cliente (principalmente quando você não estiver por perto). Temos que facilitar para o cliente nos encontrar. Temos que “nos entregar de bandeja para o cliente”.
Então, após pensar em um nome para a sua marca, é preciso pensar no logotipo, e este deve ser:
  • memorável, exclusivo, e deve transmitir a sua essência/valores;
  • simples, mas não sem graça, e inesquecível (fuja do comum).
Pense também nas cores. Lembre-se que há muitas marcas que conseguimos reconhecer apenas pela cor, sem que precisemos ver o logo completo.
Depois que criar tudo isso, divulgue!!!
Crie também um site profissional utilizando um domínio próprio. Se possível, traduza o site para os idiomas com os quais você trabalha. [Se vocês quiserem, é só deixar um comentário no final desse post que depois ensino como fazer.]
Crie cartões de visitas e coloque nele somente informações importantes.
Quando criar um domínio para o seu site, crie também um e-mail profissional e junto com o e-mail, crie uma assinatura personalizada (seu nome, o que você faz, seu logo, seu telefone e seu site).
E, mais uma vez, divulgue!!! “Apareça e cresça! Você só vai crescer se aparecer!”
Palestra 4Ferramentas CAT: conselhos para uma escolha inteligente – Paula Alícia Ferrari
Nesta palestra foram apresentadas 3 CATs diferentes: SDL Trados, Memo Q e Wordfast, já que são as mais utilizadas e solicitadas por agências de tradução.
Todas possuem versões de teste (aproximadamente 1 mês) para quem quiser conhece-las na prática, podendo adquirir depois a versão que mais atenda o seu perfil de trabalho.
Palestra 5O ABC das CATS: o que você nunca se atreveu a perguntar – Jorge Davidson
Mais uma palestra sobre CATs, porém dessa vez mais voltada para os iniciantes.
O Jorge é um dos professores da Pós-graduação de Tradução da Estácio e em sua palestra ele explicou mais detalhadamente como uma uma CAT Tool e para que serve, além de diferenciar as CATs dos Tradutores Automáticos.
Uma CAT uniformiza o texto (segmentos e terminologia), melhora a qualidade da tradução, mas não traduz nada sozinha. Utilizando um CAT não há risco de pular alguma parte do texto no momento em que se está traduzindo.
Tudo o que é traduzido é guardado em um TM (memória de tradução) que pode ser usada futuramente no mesmo arquivo ou em outros, caso apareçam segmentos iguais ou parecidos, o que além de uniformizar o texto, como foi dito anteriormente, nos poupa trabalho de digitar e traduzir novamente a mesma coisa.
Palestra 6Batalhas de um tradutor iniciante – Ana Honrado
Tentei, juro que tentei me dividir para assistir duas palestras ao mesmo tempo, mas não consegui! Como já conhecia o Jorge Davidson, conversei com ele que sairia no meio da palestra para ir à outra, mas quando cheguei nesta, a Ana já tinha terminado e estava autografando os livros. =(
Bom, não consegui participar da palestra, mas foi um prazer enorme conhecê-la pessoalmente!
Não sei se vocês lembram, mas ano passado ela entrou em contato comigo e fiz um post sobre o livro Batalhas de um tradutor iniciante. Então, se quiser saber um pouquinho mais, é só clicar no link!!!
E essas foram as últimas palestras do VI Congresso da Abrates!
Pausa para o almoço!!! rs
No próximo post (e último sobre o Congresso), contarei como foi o Keynote Speaker com o Ulisses Wehby de Carvalho!!! Já adianto que foi muito bom e divertido!!! Aguardem!!!